A MÃO QUE ESCREVE
(para Pedro Du Bois)
Quantas mãos nesse mesmo instante escrevem
O enredo daqueles a quem obedecem,
Tanta vida em dedos tocando o teclado
Que outrora pressionavam pontas de lápis,
Marcando com força paixões de enamorados.
Quantos dedos nesse mesmo instante
Estalam, se agitam, abrem portas e vão embora,
Dirigem carros, fazem um carinho, desafiam um afeto,
Depois sufocam, as mesmas mãos endurecem e aprisionam.
Mãos desconexas elevam-se aos céus
E então se escondem atrás de uma flor.
Mãos companheiras de dedos amigos,
Parece simples, simples e concedido,
Que as mãos escrevam, coordenem-se ou se fechem,
Em si mesmas, por seus dedos através do mundo.
Mãos não percebem suave o teclado,
Pois basta o leve toque de um dedo sobre tênue folha
Para desvendar-se a vida e o outro através de palavras.
Porém os dedos insistem em abrir sulcos no papel,
Por vezes o rasgam, amarrotam e o descartam,
Sem notar que “A mão que escreve”,
É o nome do poema que Pedro Du Bois já escreveu.
DE A.Tulhol, 2008, Canto Real, todos os direitos reservados.
Parabéns, pela escolha, Angélica!!! O poeta Pedro é maravilhoso!!! Já assaltei o blog dele.rs
ResponderExcluirGostei muito do seu.
Um beijo
Caríssima Angélica, prazer "revê-la". Obrigado pelo carinho. Diga-se, seu poema contém todos os elementos necessários ao bom texto: coisa que deixo a desejar nos meus. Abraços, Pedro.
ResponderExcluirCaros Lau e Pedro,obrigada por sua visita, fiquei muito grata e feliz!
ResponderExcluirGrandes abraços!!
Angélica