quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Sou tudo e sou nada



Sou tudo e sou nada.
Vejo tudo às claras, fico cega.
A palavra é meu alimento,sou muda.
Sentimentos me corroem,a razão me comanda.
Nada sou, tão fugaz é minha existência.

Sou Angélica, sou Angela, sou anjo sem asas.
Se você me encontrar, não se iluda,
Vai se resfriar, vai estourar pelos ares,
Vai sentir nada, sou tola, percebo, sei nada.

Sentimentos se apoderam de mim,
A razão esperneia e se incomoda,
Por ela, sentimentos habitariam o deserto
De uma alma queimada, perdida, asfixiada.

Sentimentos me empoderam,
Por um lapso, a razão me abandona
Sou livre, tenho asas,alço vôo.
Amo tanto o amor, é tanto o amor,
Amor que nunca se gasta,
Amor que perdoa e se basta.

De Angélica Tulhol, 2008, direitos reservados.

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